05 agosto 2010

Funerais e seus rituais

Tenho poucas experiências com a morte. Mais próximos a mim, só mesmo uma avó com quem convivi e a Maria, uma senhora que morou aqui em casa com quem tínhamos uma relação de parentes. Os demais avós também já se foram, mas não tenho lembranças deles: ou morreram antes de eu nascer ou quando eu era muito criança.

Depois dessa avó querida, perdi 3 tios maternos. Mas confesso que fiquei mais triste pela minha mãe que por mim. Não tinha uma relação próxima com eles, embora fossem pessoas muito bacanas.

Aqui no interior, quando um católico morre, o sino da Igreja Matriz toca sem parar no momento que o corpo entra na igreja para a benção final. Chega a ser chato. Claro que a família enlutada não pensa assim. Mas eu já pedi que não toquem na minha vez. Deixem-me partir em paz! Já meu pai quer que toque bastante.

Parece mórbido, mas é que hoje à tarde fiquei ouvindo o sino tocar forte e comecei a pensar nesse assunto e em como ele pode ser estranho.

Pra ser honesta desconheço outros rituais fúnebres que não seja esse. Por aqui uma pessoa morre, seu corpo é velado pelos amigos e parentes por algumas horas - às vezes na própria sala da casa do morto! - e então enterrado dentro de um caixão de madeira na sepultura da família.

Me contaram que na Austrália o corpo é enterrado 7 dias depois e a família permanece unida todos esses dias. No momento do enterro todos soltam balões simbolizando a passagem do falecido. Achei bonito. Mas não sei dizer se é um ritual daquela família específica ou tradição do país.

O fato é que pensar na morte não me fez querer experimentá-la!

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